segunda-feira, agosto 14, 2006

Ilusão do desejo


O desejo de querer algo que nunca se poderá vir a ter, é cruel, quando se anseia por algo, que jamais se irá concretizar, mas que já realizamos vezes sem conta no nosso imaginário de inúmeras maneiras, imagina-se como seria, porque seria, qual a desculpa que se arranjaria, a banda sonora que acompanharia, o quão perfeito seria, mas há coisas que devem permanecer no imaginário, e não devem sair de lá, para nosso bem e para bem daqueles que muito se preocupam connosco.
Para quê arriscar a perder algo ou alguém, por apenas um capricho animal e irracional, por causa de uma coisa que só seria perfeita no nosso pensamento, que só faz sentido e tem razão de ser dentro de nós, nem sempre ou diria mesmo, muito poucas vezes as coisas são como as imaginamos, esse é o problema do mundo real nem sempre nos dá o que nós esperamos dele.
Às vezes penso em como seria realizar o meu perfeito desejo, mas o que será depois de o realizar, será bom, será mau, ficará aquele gosto amargo da
desilusão, que não estava à altura da imaginação, será que ficarei com aquela sensação que soube a pouco, que mais valia continuar a minha sweet ilusão, em que tudo é perfeito e sem concessão a qualquer tipo de frustração.
Qual a melhor maneira de acabar com uma tentação???
Será a realidade da rejeição, ou o fim da ilusão de perfeição!!!

Reflexões Pseudo-Intelectuais

Questão de "Atitude"

É tão fashion e chique ser-se mal-educado, arrogante, presunçoso e empertigado, é tão evoluído e sofisticado, tratar mal outrem só por uma questão de posição, sou tão bom a executar tão difícil tarefa, é tudo uma questão de atitude e altivez há quem lhe chame também estupidez, mas nisso tenho os meus porquês. Sou uma pessoa conhecida da televisão, ou talvez não, mas quero o meu cocktail JÁ!! com as minhas mariquices a que tenho direito como estrela de televisão, quero outro porque este não me convém, quero um mais esmerado, um mais bonito, mesmo que não saiba tão bem, e tu mero empregado, mendigo, ou cidadão, não passas para mim um mero peão, que está cá para me servir e dar-me razão, não tens direito a retorquir pois tenho mais dinheiro do que tu, mais relevância e de certeza mais instrução, o meu nível cultural é superior ao teu, chega-te para lá plebeu.
Tratar-te abaixo de cão é o meu trabalho e diversão, sou magnífico e tu, ninguém... põe-te no cara... cidadão anónimo, antes que chame o meu amigo, teu patrão.

Vontades de um Moribundo


O corpo é uma coisa tão frágil, que só em situações extremas é que damos conta disso e reflectimos se ás vezes vale a pena de nos termos chateado por aquilo, se vale a pena sequer perder tempo com futilidades que no fim não contam para nada e, serviram para coisa nenhuma.
Na maioria das vezes pensamos que somos indestrutíveis, invencíveis, imunes a tudo que se possa passar de mal connosco.
Pensei se um dia morrer novo, não quero que vão ao meu funeral, porque provavelmente não irei ao vosso, preferia sim que se juntassem os meus amigos, ou pelo menos aqueles que consideram sê-lo, e fizessem uma festa, em que me recordassem, e se rissem dos momentos bons e maus que passamos juntos, e que no fim brindasse-mos juntos, não a mim, mas sim a vocês, pela honra de me deixarem ter passado pela vossa/nossa breve existência.
E se alguém chorar ao menos que seja de alegria e não de tristeza, sim de alegria (não por eu ter ido, espero eu que não seja por isso) mas por estarmos juntos mais uma vez, e como tristezas não pagam dividas...